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Geração de energia solar no Brasil cresce 33,2% em março e reforça protagonismo das fontes renováveis

  • Foto do escritor: SOLONTEC
    SOLONTEC
  • 22 de abr.
  • 3 min de leitura


A geração de energia solar fotovoltaica centralizada no Brasil apresentou um avanço expressivo em março de 2025. De acordo com dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o volume médio gerado alcançou 4.227 MW, um aumento de 33,2% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram registrados 3.174 MW médios.


O levantamento considera apenas as usinas de geração centralizada, e mostra também crescimento em outras fontes renováveis, como a energia eólica, que subiu 48,6%, e as termelétricas, com leve alta de 1,5%. Já as hidrelétricas registraram uma retração de 6,2% na produção de energia no mesmo período.

Ao todo, o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerou 78.896 MW médios de energia, o que representa um aumento de 2,3% em relação a março do ano anterior.


Consumo de energia elétrica também registra alta no país

Em termos de consumo, a CCEE aponta um crescimento de 1,1% no consumo de energia elétrica no SIN, com total de 74.507 MW. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), com alta de 1,5%, seguido pelo Ambiente de Contratação Regulada (ACR), que avançou 0,8%.

Entre os estados com maior crescimento no consumo, destacam-se:

  • Maranhão: +9,8%

  • Pará e Acre: +6,5%

  • Rio Grande do Sul: +6,3%

  • Santa Catarina: +6,1%

Por outro lado, estados como Amapá (-11,5%), Rondônia (-9,3%), Alagoas (-8,6%) e Mato Grosso do Sul (-8,2%) apresentaram queda.

No setor produtivo, os maiores aumentos foram observados na extração de minerais metálicos (+16,4%) e no saneamento (+7,8%), enquanto os setores de manufaturados diversos (-7,6%) e transportes (-5,4%) recuaram.


Reservatórios e projeções para 2025

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou recentemente projeções para o atendimento energético até setembro de 2025. As estimativas de afluência para o período de abril a setembro estão abaixo da Média de Longo Termo (MLT), variando entre 63% (cenário inferior) e 85% (cenário superior).

“Estamos verificando, desde fevereiro, uma redução nas projeções de afluência e um final antecipado do período úmido”, destacou Alexandre Zucarato, diretor de Planejamento e diretor-geral do ONS em exercício.

Ele complementa:

“Ainda que os níveis de energia armazenada estejam adequados e aderentes ao período, o ONS tem adotado uma política operativa que busque preservar os recursos hídricos, em particular no subsistema Sul, que está passando por uma estiagem severa. Se houver necessidade de ações adicionais, elas serão propostas.”

Medidas para reduzir o curtailment e otimizar o uso de fontes renováveis

Com o objetivo de mitigar os cortes na geração renovável (curtailment), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) solicitou a apresentação de um plano de ação elaborado por um Grupo de Trabalho específico. Esse documento reúne propostas de curto, médio e longo prazo, com base em sugestões de entidades e associações do setor elétrico.


Entre as ações estratégicas em análise, o ONS propôs o aprimoramento dos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs), reconhecido pelo CMSE como uma medida chave para aumentar a transferência de energia entre as regiões Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste. Essa medida permitirá maior aproveitamento da geração renovável do Nordeste, especialmente a solar e a eólica.


Além disso, o CMSE recomendou ao operador a criação de critérios operacionais mais flexíveis para o SIN. A proposta, que será apresentada em junho, deve incluir uma análise risco-retorno de diferentes cenários e como a ampliação do escoamento da energia renovável pode contribuir para preservar recursos hídricos e atender à demanda máxima com maior segurança.


Conclusão

Os dados reforçam o papel crescente da energia solar na matriz elétrica brasileira e evidenciam a necessidade de políticas e estratégias que garantam o aproveitamento total dessa fonte limpa e renovável. Com projeções positivas, avanços tecnológicos e maior integração entre regiões, o setor segue se consolidando como um dos pilares da transição energética no país.


Fonte: Google / Portal Solar

 
 
 

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