Painéis solares bifaciais: maior eficiência e tempo de vida

Similar às placas solares tradicionais, o painel solar bifacial conta com duas faces de células fotovoltaicas que permitem uma maior absorção da energia radiante. Isso é possível porque os raios que incidem diretamente sobre o material e abaixo de sua superfície são totalmente aproveitados pelo equipamento.
Diante de seu poder de reflexão, o painel bifacial aumenta a área útil de exposição, gerando 30% mais energia, como aponta o Portal Solar. As células, feitas de silício, são revestidas por camadas de filme encapsulante (EVA) e vidro especial em ambas as extremidades. Por isso, não há a necessidade de as placas estarem apontadas para o sol.
Assim, é possível instalá-las em um plano inclinado, na vertical e em vários ângulos. Isso permite a maximização da performance por metro quadrado, o que aumenta a economia e reduz os custos. Mesmo em dias nublados, é possível gerar mais energia do que em painéis convencionais.
Um dos benefícios é em relação à manutenção de placas, que é mínima, tornando o gasto com o sistema de energia solar praticamente nulo. Atualmente, com a queda do preço, o uso de painéis solares bifaciais já está sendo aplicado em diversos ambientes, tornando o custo-benefício bastante atrativo e vantajoso para os consumidores.
Como esse tipo de painel surgiu?
A placa solar bifacial não é uma tecnologia tão recente como se pode imaginar. O primeiro painel bifacial foi criado e divulgado em 1954, mas apenas nos últimos anos é que o conceito ganhou a atenção do mercado de energia solar.
As placas convencionais encontradas em maior escala não geram energia nos dois lados, apenas em um. Isso porque, durante muito tempo, a tecnologia utilizada para produzir as células fotovoltaicas era a Aluminum back-surface field (AI-BSF). Assim, a superfície era produzida em alumínio, que consiste em um componente que dificulta a passagem de luz solar.
Com a evolução tecnológica, as empresas começaram a desenvolver soluções viáveis para comercializar em massa as placas bifaciais. A Panasonic, por exemplo, foi uma das primeiras a lançar esse tipo de painel no mercado em grande escala. No Brasil, apenas a partir de 2016 que as placas bifaciais começaram a aparecer e serem mais difundidas.
A grande vantagem é que a maioria dos componentes presentes na placa bifacial solar, como o silício, é transparente em sua composição natural. No entanto, até hoje ainda há diversos desafios em relação à produção de modelos aplicáveis e eficientes.
Fonte: Google/ Canal Solar
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