Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro; conta de luz seguirá mais cara
- SOLONTEC
- 3 de set.
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (29), que a bandeira tarifária vermelha – patamar 2 – continuará em vigor durante o mês de setembro. Isso significa que os consumidores seguirão pagando mais caro pela energia elétrica.
De acordo com o comunicado oficial, o principal motivo para a manutenção da bandeira é o baixo nível de chuvas, que reduziu a capacidade de geração das hidrelétricas. Essa condição obriga o acionamento das usinas termelétricas, conhecidas pelo elevado custo de produção.
“As atuais condições de afluência dos reservatórios estão abaixo da média histórica, o que torna necessário um maior uso de usinas termelétricas, justificando a permanência da bandeira vermelha patamar 2 para setembro”, informou a Aneel.
💰 Impacto direto na conta de luz
Com a bandeira vermelha patamar 2, será cobrado um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Além disso, a Aneel projeta que, em 2025, as tarifas de energia elétrica terão reajuste médio de 6,3%, percentual superior à inflação prevista para o ano, que segundo o mercado financeiro deve ficar em torno de 5,05%.
Essa estimativa foi divulgada recentemente no boletim Infotarifa, elaborado pela própria agência. Um dos fatores que mais impactam esse aumento é o orçamento atualizado da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que passou a ser de R$ 49,2 bilhões – R$ 8,6 bilhões acima do valor inicialmente previsto.
🔎 O que é a CDE?
A CDE é um fundo setorial que tem como objetivo custear políticas públicas relacionadas ao setor elétrico. Ele é financiado principalmente por tarifas cobradas diretamente na conta de luz, além de multas e aportes do Tesouro Nacional.
Especialistas alertam que o aumento na energia elétrica preocupa, pois ela representa cerca de 4% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar as condições de geração de energia no país. Em períodos de seca, quando as hidrelétricas produzem menos, é necessário recorrer às termelétricas, que possuem custos mais elevados.
Nessas situações, são acionadas bandeiras que adicionam taxas extras à conta de luz, variando conforme o cenário:
🟩 Bandeira Verde – condições favoráveis de geração, sem custo adicional;
🟨 Bandeira Amarela – condições menos favoráveis, R$ 18,85 por MWh (ou R$ 1,88 a cada 100 kWh);
🟥 Bandeira Vermelha Patamar 1 – condições desfavoráveis, R$ 44,63 por MWh (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
🟥 Bandeira Vermelha Patamar 2 – condições muito desfavoráveis, R$ 78,77 por MWh (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).
Com a permanência da bandeira vermelha patamar 2, os consumidores devem se preparar para um mês de setembro com contas de energia mais altas e buscar formas de uso consciente e eficiente da energia, reduzindo o impacto financeiro no orçamento doméstico ou empresarial.
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