Proteção contra surtos elétricos se torna prioridade em sistemas fotovoltaicos no Brasil
- SOLONTEC
- há 8 horas
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Nos últimos anos, o tema da proteção contra surtos elétricos em sistemas fotovoltaicos tem ganhado destaque no cenário brasileiro.
Apesar da existência de normas técnicas como NBR 16690, IEC 61643-32, NBR 5419 e NBR 5410, que orientam o uso de DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos) tanto no lado de corrente contínua (CC) quanto no de corrente alternada (CA), ainda há uma parcela significativa do mercado que não segue essas recomendações. Essa negligência pode comprometer a segurança das instalações e gerar prejuízos para toda a cadeia envolvida na geração solar.
De acordo com Yasmin Brito, engenheira eletricista e gerente de negócios da CLAMPER, o problema está na prática, ainda comum, de confiar apenas nos mecanismos de proteção internos dos inversores.
“Embora esses equipamentos possuam sistemas básicos de segurança, eles não foram projetados para suportar surtos de alta intensidade”, ressalta Yasmin.
Quando ocorre um surto elétrico, a passagem de correntes elevadas dentro do inversor provoca campos eletromagnéticos que se espalham rapidamente. Esse fenômeno pode atingir componentes extremamente sensíveis, acelerando o desgaste e reduzindo consideravelmente a vida útil do sistema.
“A passagem de correntes elevadas dentro do inversor gera campos eletromagnéticos capazes de danificar rapidamente os componentes eletrônicos, comprometendo a eficiência e a durabilidade do equipamento”, alerta a engenheira.
Pesquisas realizadas pela Universidade de Pernambuco (UPE) reforçam a importância de uma proteção externa adequada, instalada conforme as normas vigentes. Os estudos demonstram que mais de 93% da corrente de surto é desviada para os dispositivos externos, o que alivia a sobrecarga dos mecanismos internos do inversor, proporcionando uma operação mais estável e reduzindo o risco de falhas prematuras.
Além dos danos técnicos, os impactos financeiros são significativos. Quando os inversores falham, a geração de energia é interrompida, afetando diretamente o tempo de retorno do investimento dos consumidores. Empresas também sofrem com custos adicionais de manutenção, substituição de equipamentos e até desgaste na relação com clientes.
“Ao evitar trocas prematuras de equipamentos, não apenas reduzimos custos, mas também contribuímos para diminuir o volume de resíduos eletrônicos, um desafio cada vez mais relevante para o setor”, acrescenta Yasmin.
Casos de queima de inversores têm sido relatados com frequência no mercado, evidenciando a urgência de medidas preventivas. Para medir de forma clara os prejuízos causados pela falta de proteção, ferramentas como a Calculadora Solar vêm sendo utilizadas. Elas permitem calcular as perdas econômicas geradas pela paralisação dos sistemas, tornando os impactos mais visíveis tanto para consumidores quanto para empresas do setor.
Segundo Yasmin, a visão sobre proteção mudou de forma significativa nos últimos anos.
“A proteção deixou de ser apenas um detalhe técnico. Hoje, ela se posiciona como um elemento estratégico, tão essencial quanto os módulos e os inversores, garantindo segurança, durabilidade e retorno sobre o investimento”, enfatiza.
Esse avanço representa a maturidade crescente do setor solar no Brasil, que caminha em direção a um modelo mais seguro, profissional, sustentável e inovador.
Na Solontec, oferecemos soluções completas e personalizadas para proteger e otimizar sistemas fotovoltaicos. Trabalhamos com tecnologias de ponta e seguimos rigorosamente todas as normas técnicas para garantir máxima segurança e eficiência. Nossos especialistas realizam análises detalhadas de cada projeto, implementando proteções adequadas que aumentam a vida útil dos equipamentos, reduzem custos com manutenção e asseguram a continuidade da geração de energia. Com a nossa experiência, nossos clientes têm a tranquilidade de saber que seus sistemas estão protegidos contra surtos elétricos e preparados para entregar o melhor desempenho possível.
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